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Painel 2: Tecnologias e oportunidades do pré-tratamento e co-digestão de substratos

Avanços de tecnologias contribuem para o tratamento e co-digestão de substratos. Empresas e instituições de ensino apresentam cases de sucesso que estão revolucionando o setor de biogás e biometano no país

O segundo painel do 5º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano (FSBBB) foi sobre tecnologias e oportunidades do pré-tratamento e co-digestão de substratos.
Neste painel, o moderador, pesquisador e professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Thiago Edwiges, falou sobre possibilidade de pré-tratamento e co-digestão de substratos para aumento da produtividade e aproveitamento de diversos substratos ainda não explorados para digestão anaeróbica.

“Estamos vivendo um momento importante de plantas de biogás no contexto nacional, principalmente na região Sul. O pré-tratamento e a co-digestão de substratos são processos essenciais na produção de biogás, pois permitem o aumento da eficiência da digestão anaeróbia e a utilização de uma variedade de substratos. Com a utilização de tecnologias, é possível explorar diversos resíduos orgânicos e transformá-los em fonte de energia renovável”, destaca Edwiges.
Além do moderador, os painelistas puderam apresentar as tecnologias avançadas para o pré-tratamento e co-digestão de substratos, e debater as oportunidades e desafios para o setor de biogás e biometano no Brasil e no mundo.

A palestrante Fabiane Goldschmidt Antes, da Embrapa Suínos e Aves, falou sobre as estratégias de co-digestão e pré-tratamento de resíduos agroindustriais para aumentar a produção de biogás. “As estratégias para aumentar a produção de biogás começam na geração do resíduo. Devemos ter um manejo de sólidos, ou seja, separação do sólido-líquido. Temos também a introdução de carcaças de animais, podendo ser triturado para melhorar a biodigestor. E outra estratégia é com relação a co-digestão de cama de aviário, que tem material lignocelulósico rico em matéria orgânica e nutrientes”, explicou Fabiane.

A coordenadora do laboratório do CIBiogás, Franciele Natividade, falou sobre o gerenciamento de substratos para produção de biogás. “Temos a Unidade de Demonstração da Itaipu, atendemos resíduos de restaurantes e resíduos de apreensão. Primeiro fazemos o controle e análise dos substratos, recebemos materiais orgânicos para extrair somente substratos com aproveitamento final biometano. Mas para realização de tudo isso, temos a necessidade de um controle operacional, análises complementares, resultando na eficiência do sistema”.

Já Rodolfo Lanius, da empresa Folhito, compartilhou a experiência na produção de biogás e fertilizante. “Nossa missão é minimizar o impacto ambiental. Começamos comercializando fertilizantes orgânicos, após começamos a trabalhar com processamento de resíduos orgânicos e na geração de energia elétrica, através do biogás e biometano para veículos. Hoje, a Folhito produz 570 toneladas/dia de biofertilizante e 680 toneladas/dia de resíduos. São alternativas seguras e eficazes, que todas as empresas e produtores deveriam começar a usar”.

Em outro momento, a professora e pesquisadora Suelen Paesi, da Universidade de Caxias do Sul (UCS), falou sobre a microbiota e o aumento da produção de biogás: pré-tratamento, co-digestão, bioaumentação, co-culturas e uso de enzimas. “No Laboratório da UCS, trabalhamos com os microrganismo, identificamos e controlamos a produção. Nosso objetivo é aumentar a produção de biogás e biometano. Aproveitamos também para estudarmos cooprodutos de interesse biotecnológicos. É tudo bem complexo e intenso”.

Finalizando o segundo painel, os palestrantes Oliver Nacke e Erik Rezler, da Archea Biogás, demonstraram como a empresa está realizando o acompanhamento biológico nas plantas de biogás. “Atualmente, temos 12 plantas na América Latina, nosso trabalho é focado em começar com hidrólise e terminar com metanogênese, um conceito que vem da Europa. Contamos com mais de 150 projetos executados em diversos países da Europa e América Latina. Usamos vários modelos de equipamentos: desintegrar substratos, agitação para biodigestor, aquecimento de biodigestor, controle e monitoramento de WEB, filtragem e armazenamento e o triturador de substratos. Posso dizer que estamos em constante inovação, buscando mudar a forma como o mundo vê os resíduos”, classifica Oliver.

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