Apresentação de cases de fornecedores e produtores de biogás, a partir de substratos da indústria, mostram sucesso ao adotar tecnologias de biogás
Este painel apresentou exemplos de empresas que já implementaram tecnologias de biogás em suas operações, gerando benefícios econômicos e ambientais. Os trabalhos do painel foram conduzidos pela moderadora Daiana Gotardo Martinez, do Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás). “Cada vez mais ouvimos falar que empresas estão recebendo e utilizando os resíduos e subprodutos industriais, contribuindo para a transição de uma economia mais sustentável e redução dos impactos ambientais da indústria”, disse Daiana.
O palestrante Lorenzo Pianigiani, da empresa Sebigas Cótica, compartilhou a experiência do biogás de resíduos agroindustriais. “Nossos pilares que fazem a diferença são: eficiência de conversão, Uptime e Opex. Recebemos resíduos de frigoríficos, indústria de mandioca, etanol e açúcar e capim elefante, no total trazemos 70 tipos de resíduos. O destaque é a a primeira planta brasileira de biogás de vinhaça em escala industrial, com tecnologia aplicada, fazendo com que esse projeto seja a maior usina de biodigestão das Américas e uma das maiores do mundo”, comentou.
Já o empresário Henrique Saonetti, da Fecularia Três Fronteiras, que é uma Unidade de Demonstração do Projeto GEF Biogás Brasil, apresentou como foi a utilização do biogás na planta. “Possuímos dois biodigestores de 25 mil litros com retenção hídrica de 31 dias. Usamos o biogás para energia térmica e elétrica. No início, passamos por dificuldades, pois naquela época não se falava muito em biogás. Por isso, é necessário, cada vez mais, esses encontros, debates, para mais empresas utilizarem seus resíduos, retornando em investimento e benefício”, relatou.
Os representantes da Cooperativa Castrolanda, Carol Giovani Smilewski e Torbim de Geus, apresentaram o case Energik, do grupo Unium, que é um projeto conjunto desenvolvido pelas cooperativas Castrolanda, Frísia e Capal para produzir biogás. “O projeto tem localização estratégica e em seu entorno há muitas indústrias. Nosso carro chefe são os frigoríficos, mas também há indústria de batatas, fábrica de cerveja e os produtores rurais. Todos os resíduos são transformados em matéria-prima para digestato e biofertilizante”, enfatizou Torbim.
Por fim, a painelista Giovani Boaventura Bacarin, da Cocal, falou sobre o modelo de negócio com máxima utilização de resíduos e subprodutos agroindustriais. “A Cocal produz cana-de-açúcar, açúcar, etanol, energia elétrica, levedura inativada e desidratada, biogás, biometano e C02 em suas plantas industriais. Utilizamos o biometano na frota da empresa, em carros utilitários, caminhões e maquinários. Também, integramos o projeto Cidades Sustentáveis, sendo a primeira cidade com sistema de distribuição exclusivo de biometano no mundo”, explicou.
Patrocinador DIAMANTE: Compagas
Patrocinador MASTER: Itaipu Binacional
Patrocinador OURO: Scania
Foto: Leonardo Lemos