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Painel 7: Valorização do digestato: demandas e oportunidades da cadeia de fertilizantes

O segundo dia do 5º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano (FSBBB) trouxe importantes discussões sobre o setor de biogás e biometano, além de apresentar novidades e oportunidades

No primeiro painel desta quarta-feira (19/04) a temática apresentada debateu a Valorização do digestato: demandas e oportunidades da cadeia de fertilizantes.

O moderador Airton Kunz, da Embrapa Suínos e Aves, foi quem conduziu os trabalhos e fez uma breve introdução sobre as demandas do mercado de fertilizantes do Brasil e o potencial de produção a partir do digestato. “Hoje, nosso debate é sobre o material que sai do biodigestor, rico em nitrogênio, fósforo e potássio, uma fonte valiosa de fertilizantes, e como podemos transformar o digestato em negócio”.

O palestrante Vinícius Benites, da Embrapa Solos, destacou a importância da conscientização e do diálogo com o mercado de fertilizantes para a valorização do digestato. “O Brasil apresenta uma fonte de dependência externa por fertilizantes e essa situação não deve se modificar nos próximos 20 anos. Aqui, o carro chefe do consumidor de fertilizantes é a soja e o milho. Na Embrapa Solos, o maior objetivo é com relação à agregação de valor pela valorização do serviço ambiental e social associado, visando a economia, redução de emissão de gases de efeito estufa, e incentivo à pequena indústria”.

O debatedor Henrique Bley, representando o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), enfatizou a fiscalização e legislação pertinente. “É importante falar que o primeiro contato do agricultor ou empresário com o MAPA é na superintendência do Ministério, presente em todas as capitais dos estados, onde há o Serviço de Fiscalização ou, então, direto em Brasília. O papel da fiscalização do MAPA é no processo produtivo para verificar os controles de qualidade, verificar se a empresa tem seus padrões de produção registrados e regulamentados. Fazemos coleta de amostras, análises em laboratórios oficiais e fiscalizamos o processo produtivo”, destacou.

O representante da Associação das Indústrias de Fertilizantes Orgânicos do Rio Grande do Sul (ASSIFERTO), Fernando Lanius, citou as oportunidades e desafios das empresas que trabalham nesse ramo. “A Associação congrega 12 empresas. Não são todas que trabalham com biodigestão, mas todas tratam seus resíduos, todas entendem e tentam valorizar de alguma forma os nutrientes. Nosso primeiro trabalho é, enquanto indústria de compostagem ou apenas de transformação desses nutrientes, oferecer alternativas. O Fórum serve para apresentarmos ideias e estudos para serem colocados na prática”, enfatizou.

Já o debatedor Irani Gomide Filho da ABISOLO, mostrou a importância do digestato como oportunidade de negócios. “É possível utilizar resíduos de forma eficiente e comercial, com planejamento e mantendo o padrão de qualidade do produto. Outro ponto importante é ter viabilidade e logística, competindo com outras opções do mercado”, observou.

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Foto: Roberto Lemos