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4º FSBBB | Representantes do Governo Federal reforçam atuação das políticas públicas na expansão do biogás no Brasil

Manhã do primeiro dia do Fórum teve painéis sobre políticas públicas e inovação para desenvolvimento do mercado de energia elétrica. 

Políticas públicas federais para o desenvolvimento do biogás no Brasil foi o tema do primeiro painel do 4º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano, realizado na manhã  de terça-feira (12).

O palestrante Elvilson Nunes Ramos, coordenador do projeto paisagens rurais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), abordou o Plano Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC). “O grande objetivo do plano ABC+ é promover a adaptação da agropecuária brasileira às mudanças do clima e à mitigação das emissões de gases do efeito estufa (GEE), com o aumento da eficiência e resiliência dos sistemas produtores, por meio da gestão integrada”, explicou o coordenador.

Representando o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o diretor do Departamento de Tecnologias Aplicadas do MCTI, Eduardo Soriano palestrou sobre os planos e projetos do MCTI em biogás: inovação para o desenvolvimento do setor. “O biogás e o biometano estão na pauta do governo federal”, afirmou Soriano. “O MCTI tem algumas políticas públicas que são para toda a ciência, tecnologia inovação e empreendedorismo. Além disso, na área energética e de combustíveis, temos avaliado os energéticos e seus coprodutos e o debate em torno deles”, disse.

Já o painelista Pietro Mendes, secretário adjunto do petróleo, gás natural e biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), falou sobre a política energética brasileira e o biogás. Mendes afirma que “a bioenergia vem ganhando cada vez mais espaço no país. Isso é um trabalho conjunto de muitas instituições. No MME, nós temos trabalhado com grande esforço de cooperação com diferentes ministérios e diferentes políticas públicas para o setor”.

Felipe Marques, moderador do painel, ressaltou que é importante valorizar o avanço do biogás nos últimos três anos. “A gente teve avanços muito importantes para o biogás. Nós tivemos quatro ministérios falando no 4° FSBBB só nessa manhã. Isso mostra como o biogás é um recurso energético de agenda transversal nos ministérios”. O moderador destacou que o biogás entrega serviços ambientais, redução de emissões e combustíveis eficientes para o mercado brasileiro. Para Marques, o amadurecimento da agenda de biogás e biometano é muito positivo.

Assista o Painel 1: Políticas públicas federais para o desenvolvimento do biogás no Brasil

ENERGIA ELÉTRICA COM BIOGÁS

O segundo painel do 4º Fórum abordou inovação para desenvolvimento do mercado de energia elétrica produzido a partir de biogás. Com moderação de Felipe Marques  e Suelen Paesi, o debate teve como tema “Energia elétrica com biogás: inovação para desenvolvimento do mercado”.

O painel 2 contou com apresentação online do analista de Meio Ambiente e Infraestrutura da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Marco Olívio Morato de Oliveira, que palestrou sobre as perspectivas das cooperativas de energia elétrica com uso de biogás.

Para o analista, “as cooperativas veem o Biogás como uma oportunidade de gerar energia junto a carga, de gerar diversificação e renda para o cooperado”. Além disso, ele afirma que o biogás pode mitigar passivos ambientais, impulsionar a bioeconomia com os biofertilizantes, aproximar as cadeias locais e a economia brasileira a neutralidade de carbono.

O segundo palestrante desse painel foi o gerente de Desenvolvimento de Negócios na Agrekko, Sidnei Guimarães, que falou sobre a estratégia da empresa para investimento no setor de energia elétrica a biogás no Brasil. “Nós estamos focados na geração de energia limpa. Desenvolvemos projetos de biogás olhando para toda a cadeia do processo e considerando todas as especificidades para criar um produto robusto e confiável para o cliente”, disse.

Rael Mairesse, sócio e diretor executivo da Luming Inteligência Energética, abordou sobre cogeração de energia elétrica com microturbinas de alta performance integrado com aproveitamento térmico para secagem, água quente ou vapor – maximizando o retorno de projetos de biogás. O palestrante ressaltou o grande potencial que o biogás tem. “O que falta para a gente aproveitar esse grande potencial? Nós transformamos desperdício em valor. Então a gente transforma um passivo ambiental em ativo”.

Luciana Peixoto, especialista em Regulação na Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), foi a última a apresentar. Sua participação foi online e trouxe os avanços na regulação do setor elétrico brasileiro relacionada ao biogás: as usinas híbridas. “Existe uma mudança que está havendo em curso no setor elétrico. Houve a verticalização dos do setor com as estatais”, disse a especialista.

Assista o Painel 2: Energia elétrica com biogás: inovação para desenvolvimento do mercado

O 4º Fórum foi realizado pelo Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), pela Embrapa Suínos e Aves e Universidade de Caxias do Sul (UCS), e organizado pela Sociedade Brasileira dos Especialistas em Resíduos das Produções Agropecuária e Agroindustrial (Sbera). Ocorreu de 12 a 14 de abril, na Universidade de Caxias do Sul, em Caxias do Sul (RS).

Fotos: Ariane Tomazzoni Fotografia