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Painel 6: Casos de biogás de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) e esgoto

Uma oportunidade para troca de experiências práticas, a apresentação de cases de fornecedores e produtores de biogás que utilizam resíduos sólidos urbanos e esgoto, para produção e aproveitamento de biogás, pautou o último painel do primeiro dia do 5º Fórum Sul Brasileiro Biogás e Biometano.

A plenária teve como moderadora a professora e pesquisadora Suelen Paesi, da Universidade de Caxias do Sul (UCS), que conduziu os palestrantes fazendo diversos questionamentos baseados nos interesses comuns do biogás e do biometano e seus desafios.

O palestrante Alfonso Alejandro Gutiérrez Ramirez, da empresa Bioconservación SPA Latam, do Chile, exemplificou sobre  refino de biogás e processos de tratamento para uso final. A empresa é fornecedora de filtros e equipamentos para setores industriais, incluindo biogás.

Ramirez apresentou dois casos práticos chilenos: de uma planta em Los Pinos, que trata resíduos sólidos urbanos, e outro de Molina, que recebe resíduos orgânicos industriais de uma vinícola. “Fabricamos, produzimos, acompanhamos e assessoramos as unidades. As origens são diversas, para cada caso, existe um método distinto”, explicou.

Rafael Salamoni, diretor operacional da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR) apresentou o tema Biogás de Aterros Sanitários como fonte de geração de energia e gás verde.  A CRVR atua na disposição final e valorização de resíduos sólidos urbanos e está presente em 318 municípios do Rio Grande do Sul, possuindo sete Unidades de Valorização Sustentável (UVS’s), localizadas nos municípios de Minas do Leão, São Leopoldo, Santa Maria, Giruá, Tramandaí, Victor Graeff e Capela de Santana.. “A logística dos resíduos, hoje, não é tão grande no Rio Grande do Sul, mas  a distância acaba sendo o maior custo para um município. Um exemplo é na região da fronteira, onde o deslocamento acaba sendo maior que a tarifa de exposição. Encurtar as distâncias ainda é o desafio de todos os estados”, analisa Salamoni.

Maurício Carvalho, diretor executivo da Gás Verde do Grupo URCA,  apontou o biometano como solução ambiental para a jornada Net Zero das empresas. A empresa atende no Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso, e planeja expandir para mais cinco estados. Atualmente, a produção chega a 3,9 MM m3 de biometano ao mês.

Gustavo Posseti mostrou as soluções adotadas com biogás pela empresa paranaense no tratamento de esgoto, a Sanepar. Para ele, há um potencial econômico a ser aproveitado. “A criatividade se dará a partir de que você tenha negócios viáveis. Acredito que temos potencial no Brasil, não só pensar na exportação, mas na transformação do hidrogênio em etanol, amônia verde, e fertilizantes. Há produtos que teremos mais valores com o selo verde”, prevê.

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Foto: Roberto Lemos