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Painel 4 – Ativos Ambientais e Certificados Verdes 

Ativos Ambientais e Certificados Verdes” foi o tema que norteou o quarto painel do 7º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano realizado na tarde da terça-feira, 8 de abril, em Bento Gonçalves. A moderadora do painel foi a diretora Sistêmica e de Relacionamento do Instituto Totum de Desenvolvimento e Gestão Empresarial, Celina Almeida. A programação contou com a painelista Emilene Lourenço, que é analista de Inteligência de Mercado do Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) e com os debatedores Tayane Vieira, do Grupo URCA; Karina Cubas do Amaral, do Instituto 17, e Renata Isfer, presidente executiva da Associação Brasileira do Biogás e do Biometano (Abiogás).

Emilene foi responsável pela explanação do tema “Panorama dos Certificados Verdes do Brasil”, trazendo sua expertise dentro do CIBiogás. Ela iniciou sua apresentação lembrando que a discussão a respeito dos certificados verdes no Brasil se iniciou quando percebido que o acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera vem causando problemas na sociedade. “E esse acúmulo vem trazendo impactos nas mudanças climáticas, problemas ambientais, sociais e econômicos muito sérios. Vimos recentemente no RS as consequências destes impactos”, exemplificou.

Termos muito utilizados dentro deste mercado, atributos, certificados e ativos e seus significados foram amplamente explanados no painel. Em linhas gerais, atributos ambientais ou não energéticos referem-se a todas as características e impactos ambientais positivos associados à produção, distribuição e uso das energias renováveis, e que contribuem para a redução da dependência de combustíveis fósseis. Já os certificados garantem a valorização dos serviços ambientais associados ao biogás e biometano: são importantes iniciativas dentro deste tópico o  I-REC, GAS-REC, Créditos de Carbono, CBIO e, em breve, o CGOB.

O CGOB, Certificado de Garantia de Origem do Biometano, foi um dos pontos mais citados durante o painel. Isso porque trata-se de um certificado de rastreabilidade lastreado em volume de biometano produzido e comercializado pelo produtor do gás renovável que está em fase de regulamentação. Ele será emitido por um agente certificador credenciado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que atestará as características do processo produtivo. “Este certificado vem para modificar o mercado, para somar forças e ampliar. É algo muito esperado por todo setor do biometano, pois acreditamos que serão ampliadas as oportunidades de negócio”, definiu Emilene.

Gerente de ESG no Grupo Urca Energia, Tayane Vieira reforçou a importância do Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano ocorrer após a aprovação do CGOB. “É um divisor temporal, estamos vivendo uma realidade completamente diferente e que muda a visão de mercado”, explicou.

Os benefícios ao produtor de biogás e biometano que aderem a iniciativas voltadas aos ativos ambientais e certificados verdes passam pela oportunidade de oferecer um produto de energia renovável mais ativo, acesso a um número maior de clientes, maior competitividade de mercado, geração de receita e, por último, contribuição com iniciativas de descarbonização.

De acordo com a mediadora Celina, os certificados são considerados instrumentos muito importantes de valorização para o biogás e o biometano e, portanto, têm agenda bastante relevante. “Foi muito importante conversar sobre esses certificados, mostrar o panorama atual, as particularidades e mostrar a visão de futuro para os certificados no país”, explicou. Karina Cubas do Amaral, do Instituto 17, falou sobre a observação ao mercado para a escolha de qual certificado/ativo pode ser ideal para cada produtor, levando em consideração a realidade local e qual a demanda para cada planta específica. Renata Isfer, da Abiogas, reforçou também a relevância do CGOB como um instrumento completo e que incentivará toda a cadeia do biometano a se desenvolver.

O 7º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano tem como instituições realizadoras a Universidade de Caxias do Sul (UCS), de Caxias do Sul (RS), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia (SC) e o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), de Foz do Iguaçu (PR). A organização é da Sociedade Brasileira dos Especialistas em Resíduos das Produções Agropecuária e Agroindústria (SBERA).

Patrocínio Master: Conveco; Grupo Energisa; Itaipu Binacional; Sulgás

Patrocínio Ouro: 3DI Biogás; Adicomp Brasil; Armatec Brasil; Brasuma; Galileo Tecnologia para Gás; Scania; UBE; Vogelsang Brasil; Volvo Penta

Evento apoiado pelo CNPQ/MCTI.

Fotos: Cesar Silvestre/Divulgação